Tudo porque o ministro da Economia, Manuel Pinho, fez um gesto, colocando os dedos indicadores na testa, a imitar chifres, dirigindo-se a Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP.»
Sócrates termina a legislatura com um tom piedoso no discurso e vociferante de gritarias, como é habitual, nas respostas aos deputados. Vocifera e foge das questões levantadas por Paulo Rangel e pelos demais deputados. A voz resvala-lhe da humildade chorosa e lacrimosa inicial para a pesporrência cansativa com que vergastou o Parlamento, domando ferreamente o seu grupo, o País e o submeteu a cruel jugo ao longo de estes anos.
Será penosamente que Sócrates e o PS se arrastarão até às próximas eleições legislativas. Dobrados, curvados, ao peso das mentiras e golpadas que o tempo e as circunstâncias se encarregaram de desmascarar.